IÊDA LEAL DE SOUZA, PRESIDENTA DO SINTEGO

IÊDA LEAL DE SOUZA, PRESIDENTA DO SINTEGO (2011-2014)

Hoje, ao ver o SINTEGO com mais de três décadas de vida, penso um pouco na minha própria trajetória. Como vice-presidenta da CUT-Goiás, secretária nacional de combate ao racismo da CNTE e coordenadora nacional do MNU, sinto que me organizei a vida toda para dar conta das minhas tarefas e conseguir bons resultados para a nossa luta coletiva.”

DEPOIMENTO

Nasci em Pires do Rio, mas ainda menina vim com meus pais para Goiânia. Estudei primeiro no Colégio Estadual Castelo Branco e depois no Olavo Bilac, onde me tornei atleta e cheguei à seleção goiana de handball.

Meu primeiro emprego foi aos 13 anos, como professora de alfabetização. Eu jogava, treinava, trabalhava e militava no movimento estudantil. Com essa mistura de esporte, militância e trabalho, eu tinha que ser muito organizada e responsável.

Embora eu fosse uma menina que trabalhava sem ter carteira assinada, todos os dias 14 alunos me esperavam para aprender a ler e a escrever. Como eu gostava muito de ensinar, comecei a dar aulas também para outros dois adultos e 3 crianças que iam estudar comigo na minha casa.

Cursei Contabilidade na Escola Técnica de Campinas. Nessa época já sabia alguma coisa da luta dos professores, fazia cursos no CPG, resolvi prestar vestibular para Pedagogia. Depois que me formei, fui procurar a Associação dos Orientadores Educacionais e descubro que ela havia unido com outras entidades e se transformado no SINTEGO.

Comecei a frequentar as atividades do SINTEGO, achei que aquele Sindicato me representava, e me filiei. Já sindicalizada, fui coordenadora e diretora de escola, e passei a levar as demandas de meus colegas para o SINTEGO. Depois de muito tempo nessa militância, cheguei ao Conselho Municipal de Educação, onde havia muitos conselheiros próximos ao SINTEGO.

Essa foi uma época em que nós, professores, diretores, coordenadores e administrativos tínhamos uma atuação vigorosa e uma participação poderosa. Foi quando fui eleita vice-presidente do SINTEGO na chapa liderada pelo professor Domingos. Com a saída dele para a Secretaria de Educação de Aparecida de Goiânia, tornei-me presidenta do SINTEGO.

Passei a ter de cuidar da rede estadual de Educação e de todo o Estado. Isso me fez crescer como dirigente e só foi possível porque, assim como hoje, na condição de tesoureira do SINTEGO, gestão que vai até 2021, sempre encontrei e pude contar com pessoas que, durante toda essa trajetória, contribuíram e contribuem para o sucesso de nossa luta comum.

Hoje, ao ver o SINTEGO com mais de três décadas de vida, penso um pouco na minha própria trajetória. Como vice-presidenta da CUT-Goiás, secretária nacional de combate ao racismo da CNTE e coordenadora nacional do MNU, sinto que me organizei a vida toda para dar conta das minhas tarefas e conseguir bons resultados para a nossa luta coletiva. Celebro as oportunidades que o CPG e o SINTEGO me deram de ir da escola para o Sindicato, e de ter sido diretora da Escola Municipal Evangelina Pereira da Costa, que vai ser sempre a minha escola.

Busco sempre tratar com respeito as conquistas dos que nos antecederam, porque nesses 34 anos vemos que foram construídas uma estrutura e uma estratégia de luta que atendem às demandas de nossa categoria. Mas agora é também tempo de olhar pra frente, de seguir filiando mais gente pra fortalecer o nosso Sindicato.

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